terça-feira, 7 de dezembro de 2010

DESENCONTRO















DESENCONTRO


Nunca te esqueço o riso cristalino

quando o fracasso vinha à nossa casa,

soube, depois que a voz que de ti se extravasa

era para acalmar o teu pobre menino.

Breve, levou-te a Morte...

Não sei se por desastre ou por destino...

Chorei-te pela perda que me arrasa...

Viajei com meu pai...

Vi famoso casino...

Esqueci-te...

Joguei...

Não me domino...


Fiz a grande fortuna que me atrasa.

Envelheci jogando, até que um dia,

recordei que na infância, eras minha alegria,

mas a exaustão me toma o coração cansado...


Vi a Morte a meu lado E perguntei:

- "Dize, Morte, onde achar minha querida;

Minha mãe, meu amor e minha vida?...

" Ela apenas me disse:

"Entre os mortais..."


Muitos anos passaram...

Sem receber de ti qualquer lembrança

Pediu reencarnação, em busca de esperança...

Vais vê-la no futuro ou nunca mais!

António Gomes

(poema recebido pelo médium

Francisco Cândido Xavier,

em reunião pública da noite de 07/03/1992

no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba - Minas Gerais

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